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segunda-feira, 28 de junho de 2010

PLATAFORMAS DE MÚSICA ONLINE – Práticas de comunicação e consumo através dos perfis

Artigo: PLATAFORMAS DE MÚSICA ONLINE – Práticas de comunicação e consumo através dos perfis
Autora: Adriana Amaral
Resenha: Paulo Vitor Targa – Relações Públicas – 4º ano noturno

No artigo, a autora objetiva realizar uma explanação a respeito das práticas de consumo e dos conteúdos musicais gerados por diferentes plataformas digitais, assim como, estabelecer um comparativo entre as três principais redes de música na internet, a saber: Last.fm; MySpace e Blip.fm.
Diante da grande popularização da internet e com o expressivo crescimento de redes sociais no ciberespaço, a tendência assistida foi a segmentação em nichos, de acordo com o “gosto”, o estilo de vida e até mesmo dos interesses em comum dos usu
vários das mais variadas redes sociais.

Com o objetivo de conquistarem ainda mais popularidade e “adeptos fiéis”, as redes sociais começaram a buscar públicos cada vez mais específicos. Assim como outros segmentos, a música proporcionou o surgimento de diferentes redes sociais que, basicamente, funcionam como distribuidoras de conteúdo e de informações sobre os mais variados estilos.

Diante de tais redes (como foco na música), a autora afirma que os diferentes perfis criados estão se mostrando eficientes na constituição de um banco de dados de consumo, de memória musical, de organização social em torno da música, de crítica musical e até mesmo de uma nova forma de criação e distribuição de conteúdo na internet.

As redes sociais para a música são encaradas como um banco de dados de música compartilhada ou como mecanismos de dados musicais, que promovem a participação entre os usuários e também com o conteúdo apresentado, sendo caracterizadas como plataformas.

Em tais plataformas, podemos encontrar anúncios publicitários, troca de mensagens e conteúdos musicais entre os diferentes usuários e criação de fóruns para discussão sobre os temas de interesse. Vale ressaltar também, que nesse caso, tanto as gravadoras quanto os artistas independentes possuem o mesmo “poder” e “nível de influência” sobre os usuários.

Para realizar uma análise sobre essas plataformas, a autora escolheu três diferentes redes (conforme já citado acima), baseada nos seguintes critérios: sites com tradução para o português e grande acesso e crescimento de usuários brasileiros. Diante de tal escolha, apresenta-se, resumidamente, a definição de cada uma das redes, conforme apresentado abaixo:

Last.fm

Site com função de rádio online agregando uma comunidade virtual com foco em música. Em tal comunidade, são trocadas informações e recomendações sobre o tema. O Last.fm constrói um perfil detalhado do gosto musical de cada usuário, reunindo e exibindo suas músicas e artistas favoritos numa página feita com as informações coletadas e gravadas por um plugin do próprio site instalado no aplicativo de execução de música (music player) do computador do usuário.

O website, fundado em 2002 no Reino Unido é atualmente uma das principais plataformas sociais de música na Internet, com mais de 20 milhões de usuários ativos em mais de 230 países

O usuário da Last.fm pode construir um perfil musical utilizando dois métodos: ouvindo seu repertório musical pessoal por meio de um player com o plugin do Audioscrobbler ou ouvindo a rádio da Last.fm, geralmente como usuário registrado na Last.fm. As músicas são tocadas e adicionadas num log, no qual são realizadas as tabelas de artistas e músicas e recomendações musicais são calculadas. Este log automático de músicas é chamado de scrobbling.

As recomendações são calculadas por meio de um filtro de algoritmo, logo os usuários podem visualizar a lista de artistas não listados no próprio perfil mas que aparecem em outros perfis de usuários com gosto musical parecido. A Last.fm também permite que os usuários recomendem manualmente artistas, músicas ou álbuns a outros usuários, contanto que a recomendação em questão esteja disponível no banco de dados da Last.fm.

Principais ferramentas do Last.fm

• Recomendações

O serviço mais recente na Last.fm é o recurso de recomendação pessoal. A página faz uma lista das músicas que foram diretamente recomendadas ao usuários e grupos dos quais ele faz parte, blogs, e outros usuários que têm ouvido músicas parecidas recentemente. Há também uma rádio feita com músicas recomendadas que tocam músicas especialmente filtradas baseadas no que o usuário ouviu durante a semana. Os perfis dos usuários tem um Taste-o-meter que fornece um ranking da sua compatibilidade musical com a de outros usuários.

• Tags

Com o relançamento do site em agosto de 2005, a Last.fm apoia o uso de tags para artistas, álbuns e músicas a fim de criar uma folksonomia de música. Os usuários podem navegar por meio das tags, assim como das tag radio, permitindo que os usuários toquem músicas que foram denominadas com uma tag específica. A tag pode ser feita da forma como o usário quiser.

MySpace

O MySpace, criado em 2003, é um serviço de rede social que utiliza a Internet para comunicação online por meio de uma rede interativa de fotos, blogs e perfis de usuário.

Atualmente, configura-se como a maior rede social dos Estados Unidos e a 2º maior do mundo com mais de 110 milhões de usuários, incluindo um sistema interno de e-mail, fóruns e grupos. A crescente popularidade do site e sua habilidade de hospedar MP3s fez com que muitas bandas e músicos se registrassem, utilizando-o até mesmo como site oficial.

É importante destacar que o MySpace possibilita a customização total da página por parte do usuário, assim como, a inserção de músicas, fotos, vídeos, agenda de shows, eventos correlacionadas, anúncios publicitários, entre outros, caracterizando-se dessa forma, como importante instrumento de divulgação musical.

Blip.fm

O blip.fm foi lançado em 2008, voltado exclusivamente para o mercado musical online. A plataforma de microblogging surgiu como uma forma para indicar músicas e compartilhar pensamentos sobre as mesmas, com uma rede de contatos.
Cada usuário registrado na rede é considerado um “DJ” e pode registrar comentários de até 150 caracteres. Justamente pelo sua semelhança com o Twitter, a rede social está conquistando rápida popularidade.

Diante da definição das três redes, a autora estabelece um comparativo entre as mesmas, evidenciando que o Last.fm é a rede que mais promove o envolvimento dos usuários com o conteúdo, justamente pela possibilidade de criação das “tag’s”, da criação de tabelas e gráficos e da recomendação musical, considerada como uma das principais estratégias para envolvimento do público com a rede social.

O MySpace, por sua vez, não apresenta o sistema de indicação (como o last.fm), porém caracteriza-se como uma plataforma de lançamento de novos artistas, como fonte de informação e de relacionamento entre o artista e sua base de fãs.

O MySpace se dierencia das outras duas redes justamente por possibilitar a customização total do layout por parte do usuário. Atualmente, a rede vem sendo amplamente utilizada pelo jornalismo musical, servindo como fonte de informações (lançamentos musicais, eventos, etc.).

Justamente por ser o mais recente, o Blip.fm ainda não possibilita uma análise mais aprofundada com relação a sua importância estratégica para a música online, porém, a autora destaca que a rede está se popularizando muito rápido e entre as três é a que promove, de forma eficiente, a integração com outras redes, como o Twitter, por exemplo.

Para finalizar, a autora promove ainda uma comparação entre as redes em nove diferentes itens, a saber: Recomendação; Tags; Principais funções; Laços sociais; Design e formato; Interação e conversegência; Mobilidade; Subsulturas e Participação dos usuários brasileiros.

Mais importante do que apresentar esse quadro comparativo é entender como a tecnologia, no caso com a utilização das redes sociais, pode promover mudanças significativas para a forma como os conteúdos musicais estão sendo distribuídos e consumidos pelos usuários.

Essa nova “dinâmica musical” também provoca importantes mudanças na forma que será realizado o trabalho de comunicação (incluindo os Relações Públicas) para artistas musicais, afinal, os interessados possuem uma nova forma de se relacionar com seus públicos, por intermédio da internet e das redes sociais.

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