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quarta-feira, 16 de junho de 2010

“A ‘geração podcasting’ e os novos usos do rádio na sociedade do espetáculo e do entretenimento”

Aluno: Rodrigo Soares Pinto

RESENHA: “A ‘geração podcasting’ e os novos usos do rádio na sociedade do espetáculo e do entretenimento”

O objetivo principal do artigo é analisar um novo nicho de produção e consumo midiático viabilizado pelas novas tecnologias – o podcasting – em face da atual sociedade marcada pelo espetáculo e pelo entretenimento.

Nota-se uma espetacularização contemporânea que está intimamente relacionada com a hipertrofia dos meios de comunicação e a emergência de uma nova arena midiática que promove novas interações sociais intensificadas pela crescente popularização das tecnologias digitais.
Assim, “o que significa viver em uma sociedade do entretenimento, intensamente espetacularizada?” É uma sociedade na qual o que não possuir intensa visibilidade ou não se espetacularizar dificilmente irá adquirir relevância social ou política. É como se a própria sociedade acabasse refém do espetáculo que ela mesma aplaude.




Ou seja, por meio do espetáculo e das novas tecnologias de comunicação realizados pelos indivíduos e pelos grupos sociais, novos referenciais e significados são construídos para suas próprias vidas. As tecnologias contemporâneas ganham o espaço na vida social refletindo um consumo excessivo, uso demasiado das redes, etc.

Atores e lideranças de grupos sociais tem se empenhado em utilizar o enorme potencial de mobilização social de produtos midiáticos como o podcasting, o qual é indicado pelas pesquisas como um dos meios digitais que mais crescem e que já estão na casa das centenas de milhares.

O podcasting gera um forte interesse devido ao fato de que o meio rádio – que já foi grande referência para a vida das pessoas e que ditou padrões e comportamentos, mas que está se esvaziando – vive momentos de redefinições, uma vez que se vive uma revolução digital. O podcasting virou febre na internet entre 2004 e 2005 e seu surgimento vincula-se ao “boom” da web 2.0, conceito que envolve relações mais horizontais entre os diversos internautas conectados pelo mundo.

A grande diferença é que com o podcasting, além das gravadoras de disco ficarem em alerta – pela facilidade de baixar músicas na rede – também se redireciona as redes convencionais de rádio.
Surge, dessa maneira, um novo processo de reestruturação das multinacionais da música e sua relação com a indústria radiofônica, uma vez que os podcasts constituem uma ferramenta de destaque para a democratização do acesso à informação e ao discurso.

Neste contexto pergunta-se: “Até que ponto o rádio convencional e as demais mídias vão se realimentar da atual revolução?”

Pois, embora os podcasting ainda constituam uma fração do mercado, ele representa a face mais visível de um processo de transformação na mídia sonora, redesenhando os circuitos de produção, veiculação e consumo da música massiva e da informação.

Os meios tradicionais como o rádio precisarão se re-inventar com novas facetas que promovam estímulos a interação social e tragam dinamicidade ao processo de comunicação, no qual, cada vez mais, os novos receptores convertem-se em emissores, graças a condições possibilitadas pela convergência digital – e o rádio deve se movimentar para essa tendência.

O panorama atual da condição do rádio e das indústrias fonográficas é como se encontra o jornal impresso frente aos sites de informação, ou seja, até quando o jornal irá sobreviver?

Para sobressair-se neste dilema, o principal jornal do país, a Folha de São Paulo, acaba de se re-inventar como nunca antes na história do Jornalismo, com textos breves, objetivos, nova diagramação, mais cores, menos palavras e quase que um novo jornal. Observa-se uma tentativa de aproximar-se de leitores jovens, dinâmicos e daqueles que estão envolvidos demasiadamente nesta sociedade do espetáculo e que deixa de valorizar textos analíticos, reportagens profundas em face da agilidade e objetividade da web.

Da mesma forma é a luta das outras mídias convencionais. Será necessário arriscar novas formas de produção e desenvolvimento de seus trabalhos. É importante compreender os novos modelos de comunicação que estão ainda surgindo, se consolidando e ganhando, a cada dia, uma nova popularização.

As mídias convencionais devem atentar-se a espetacularização e não perder tempo para entrar em cena, envolver os atores sociais e – quem sabe – manter a casa cheia e pedindo “bis”.

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